Por João Paulo Di Medeiros

Do Diário da Manhã

Planos e projetos para a modernização e aproveitamento do Estádio Serra Dourada e da área de 500 mil m² em que a praça esportiva está inserida. Essa foi a principal pauta da reunião realizada na tareça-feira (28/05), no auditório do hotel Blue Tree, em Goiânia, organizada pela Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) por meio do Conselho Estadual de Investimentos, Parcerias e Desestatização (Cipad) e em parceria com a Agência Goiana de Esporte e Lazer (Agel).

Conduzida pelo secretário Giuseppe Vecci, a reunião serviu para que o Estado ouvisse de diversos segmentos (turismo, rede hoteleira, investidores, esportistas) opiniões e propostas para a otimização e ampliação do uso do Complexo do Estádio Serra Dourada.

A ideia do governo é inserir Goiânia de forma qualitativa no cenário esportivo e de outros exemplos. Vecci lembrou que como Goiânia ficou fora da escolha das cidades-sede da Copa do Mundo, a capital pode ficar defasada quanto a outros centros e perder no quesito de atratividade.

O secretário deixou bem claro em sua exposição que o Estado não tem recursos para que a modernização de forma ousada, como é pretendida, seja feita, pois o nível de investimento é muito pesado. Desta forma, foi apresentado na reunião a possibilidade de uma concessão da área para a iniciativa privada.

O modelo ainda não está fechado, por enquanto o debate é no campo das ideias. No entanto, o secretário revelou que o governo já recebeu um projeto de um grupo de empresários goianos que demonstraram o interesse em explorar a área do Complexo do Serra Dourada.

“Vamos escutar ideias, acrescer outras, certamente ancorados em algumas propostas similares que estão ocorrendo no Brasil, estuda-las para o Estado de Goiás e ver se tem pertinência. Assim tendo, poder criar um projeto básico e a partir desse projeto ter a proposta de poder passar para a iniciativa privada via concessão, licitação, ou outra forma”, salientou o secretário.

Foram apresentadas algumas ideias para a utilização do Complexo do Serra Dourada, tais como: construção de hotel, de shopping center, restaurante panorâmico, academias, escolas, um museu do futebol goiano e do esporte, entre outras.

Outra condição abordada para que esses planos saiam do papel é o cuidado de acelerar o processo. Giuseppe Vecci salientou por diversas vezes que as decisões precisam ser tomadas até a metade do ano de 2014. O motivo é o cuidado para que não haja contaminação de cunho eleitoral e que tudo seja feito calçado na legalidade jurídica devida. 

Gestores satisfeitos

Os planos para a modernização do Serra Dourada são vultuosos e deixaram os administradores do estádio satisfeitos. No entanto, o diretor Itamir Campos “Gueroba” e a gerente Izabella Maia ficaram felizes com a possibilidade de poderem resolver problemas emergenciais do estádio.

O secretário Giuseppe Vecci deu sinal verde para que a gestão do Serra Dourada negocie contratos temporários de permissão para o uso de setores do estádio. “O que eu achei melhor foram as soluções emergenciais que ele deu para nós. A possibilidade de resolver temporariamente o problema dos bares e da Federação Goiana de Futebol. Essa solução macro é fantástica, o estádio estava inerte nesses 37 anos e precisa de uma intervenção maior”, frisou Izabella.

Segundo Izabella, a situação dos bares do Serra Dourada precisa ser revista, além da presença da Federação Goiana de Futebol em um dos prédios do estádio. “A exploração dos bares, são 16 bares que precisamos regularizar a situação deles. Temos que regularizar também a situação da Federação Goiana de Futebol que utiliza uma área do estádio sem pagar nenhum tipo de remuneração”, revelou.

Itamir Campos disse que essa primeira reunião, apesar de estar em um estágio embrionário, foi importante por demonstrar que o governo do Estado está preocupado com a modernização do Serra Dourada.

 “Saio dessa reunião satisfeito por ter visto o Estádio Serra Dourada levado à pauta, deu-se ao estádio a importância devida. Saio de alma lavada, que daqui em diante o estádio vai ser visto com outros olhos, por empreendedores que queiram fazer seus investimentos, esperançoso que o Serra Dourada possa captar recursos para se modernizar”, destacou.

As propostas apontadas na reunião sempre levaram em consideração a exploração econômica do Serra Dourada e de toda sua área externa. No entanto, Itamir Campos salientou que o futebol não pode ser esquecido nesse contexto. “A atividade fim do Serra Dourada é o futebol e isso não pode ser perdido de vista e estará em primeiro plano sempre”, finalizou.

 

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