Uma vitória com gosto de derrota. Assim pode ser definido o resultado da partida entre Atlético e América (RN), quarta-feira, 20, no Serra Dourada, segundo jogo do confronto entre as equipes pela segunda fase da Copa do Brasil. Os goianos venceram por 1 a 0, mas não foi o suficiente para classificar a equipe.
Como o América venceu o primeiro encontro por 4 a 2, o Atlético precisaria de, pelo menos, mais um gol para passar à próxima fase da competição. Desta forma, a vaga ficou com o time do Rio Grande do Norte.
O gol da vitória atleticana foi assinalado pelo atacante Juninho, na segunda etapa da partida. A renda arrecadada foi de R$ 14.460,00, proporcionada por público pagante de um (1) mil 342 espectadores pagantes.
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JOGO AMARRADO
Com o América mais preocupado em se defender e o Atlético sofrendo com a ausência de peças importantes e o fraco desempenho dos substitutos, o jogo ficou muito preso às jogadas de meio-campo, sem que os times conseguissem levar perigo à meta adversária.
Precisando da vitória por, pelo menos, dois gols de diferença, o técnico atleticano, Marcelo Martelotte, optou por escalar sua equipe com três atacantes. Foram eles Luisinho, Rafinha e Juninho, com o último fazendo as vezes de centroavante. Contudo, o plano não deu certo e o Atlético sentiu muito a ausência de um especialista na posição.
Mesmo assim, foram os goianos que levaram algum perigo ao gol rival, principalmente na segunda metade do primeiro tempo. Isto porque os atleticanos estavam relativamente melhor distribuídos em campo que o adversário. Ainda assim, a falta de aproximação entre os homens de ataque e o armador Zezinho dificultou as ações do grupo.
Pelo lado do América, Cascata e Álvaro tentaram puxar os contra-ataques, sem efetividade. Tanto que o treinador do time, Roberto Fernandes, foi para o vestiário no intervalo reclamando da falta de ofensividade de sua equipe, que, segundo ele, “não agrediu o Atlético”.
RESPOSTA
Se como resposta à crítica do “chefe” – e possível bronca no intervalo – ou não, o fato é que o América começou o segundo tempo dando a impressão de que sairia para o jogo e colocou uma bola na trave do goleiro Márcio, do Atlético. Mas ficou apenas na impressão. Quem retomou as ações em busca da vitória foi o time goiano.
Cansado da ineficiência de alguns dos seus escalados, Martelotte promoveu mudanças na equipe e elas deram resultado. Pelo menos parcial. Foi depois delas que o Atlético chegou ao gol. O volante Pedro Bambu, mais uma vez improvisado na lateral direita, cruzou para Juninho mandar para a rede.
Eram decorridos 20 minutos e, ao menos na teoria, o representante de Goiás teria muito tempo para buscar o segundo gol e a classificação. As coisas ficaram ainda melhores para os atleticanos quando, pouco tempo após o gol, o atacante Max, do América, foi expulso de campo por xingar o árbitro.
Com um homem a mais e necessitando de um único gol, o Atlético aumentou a pressão, tentando sufocar o adversário. Entretanto, faltou competência aos avantes goianos. Enquanto isto, o América se fechou na defensiva, abdicou de atacar e tratou de garantir o resultado, que mesmo de derrota, lhe garantia a classificação. E conseguiu.
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